domingo, 10 de julho de 2011

Versos alexandrinos

Oh! amor perdoa se meu riso caduca.
Ou se espalha e foge. Sinto tanto por isso.

Mas é que eu só penso no nosso caso antigo.
Imerso em dor, cáustica dor, meu peito explode.

Caio Augusto Leite - 07/07/2011

Vida confusa

Se coubesse a mim mais que saudade,
Ah! mas é sempre essa névoa espessa.
Se em mim morasse mais amizade,
mas é sempre essa negra solidão.

Em pouca coisa a vida honrou-me,
mas sou grato pelo pouco dado.
Pelos olhos vendo, mãos calosas,
o peito ardente e a mente fabulosa.

E em tantas vezes pensei na morte,
mas só via vida em minha frente.
Em tantos momentos fiquei só
mas era o prelúdio de amor fremente.

Caio Augusto Leite - 09/07/2011

Sobre a poesia que mora em mim

Sou exaltação
falida em fracasso.
Sou agora estética
pura forma rígida.

Eu já não sou muito
e nem sou tão pouco.
Sou só intermédio,
entre o calor-sol
e do gelo-sexo.

Apenas espero
um filho azul.
Um filho azul
como o universo.

Caio Augusto Leite - 10/07/2011