segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ausência

Ainda bem que voaste, pequeno inseto.
Sabe lá se outro te pouparia como te poupei.
Ainda bem que fugiste, inseto.
A vida é breve e a hesitação mata...

Ainda bem que eu não me apaguei, inseto.
Não fiz juras de amor eterno.
Ainda bem que voaste, pequeno inseto.
Você lá sabe o risco de amar?

Ainda bem, ainda bem que você voou.
Mas, ah inseto, preciso confessar:
queria você aqui, meu bem.
Minha vida ficou tão vazia.

Mas que tristeza,
que pesar tão grande,
que pena que você voou,
que você voou, minha borboletinha...

- Caio Augusto Leite

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