quinta-feira, 20 de maio de 2010

No rastro do tempo


"O tempo não pára, não pára não" - O tempo não pára (Cazuza)

"E quase que eu me esqueci que o tempo não pára nem vai esperar" - Vento de maio (Telo e Márcio Borges)

"No tempo que se afasta e se afoga na lembrança" Eu e o tempo (Durval Ferreira e Flávia Alvim)


"Tempo, tempo, tempo,tempo, és um dos deuses mais lindos" - Oração ao tempo (Caetano Veloso)


Tanto já falaram do tempo, da efemeridade de viver. Os segundos passam num invariável tic-taquear no relógio da vida. Semeia idade por onde quer que passe e ele passa por todos os lugares. O tempo está em todos os lugares, o tempo está em lugar nenhum.
Será que a morte nos livra do tempo? Ou continuamos a sofrer nas mãos desse Senhor mais velho que a própria existência?
Há quem tente parar seus efeitos sobre o corpo, com plásticas, cosméticos e tantas outras bugigangas e birutices que a sociedade moderna coloca-nos num prato fundo para que caiba mais do nosso suado dinheiro. Onde querem chegar com isso? Não se pode reter o agir do tempo na matéria é impossível. Aceite o que és, aceite que não será mais jovem nem belo como antes, que não terá mais tanta força para correr, brincar, etc. Mas não é preciso desistir da vida, extraia dela cada gota do existir, até o fim não desista, a vida é uma só e ponto final.
Se queres a eternidade então viva. Viva mais do que lhe é permitido, viva além dos limites. Extravase, use o manifesto das artes, das sete artes sagradas. Se no jogo da vida usares as cartas certas, imitando a realidade em arte lírica, então te eternizas. Torna-se mais vivo que o próprio tempo, pois o tempo não pode retroceder o segmeto da história. Uma vez seu nome gravado nas páginas do passado seu ser ecoará para sempre por todas as gerações, por todas as estações. Por todo o delinear de tempo.


"Tudo passa sobre a terra"

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