sábado, 31 de março de 2012
Cruzes, crises, crases
O internauta solitário
Defenestre
Das opiniões
sexta-feira, 30 de março de 2012
Diagnóstico final
A casa
quinta-feira, 29 de março de 2012
Poema perdido
As cores não definem destino
e nada aconteceu.
Volta pra casa:
A noite roxa, um gato branco.
O romper de artérias, a morte preta.
*
O dia azul, um gato branco
nada acontece...
A noite cinza, um gato preto
outro infarte fulminante.
- Quanto amor as pessoas trazem no peito!
No peito nu, no coração que nem precisa ser vermelho.
quarta-feira, 28 de março de 2012
O peso dessas letras
Namoro
terça-feira, 27 de março de 2012
Nostálgico diante da chuva
segunda-feira, 26 de março de 2012
1/4
Insolação
domingo, 25 de março de 2012
Sambando em confetes
Vidro
sábado, 24 de março de 2012
Chá de sumiço
Reforma
De estação em estação
sexta-feira, 23 de março de 2012
A moça verde
Nenhuma saudade dos oito anos
No caminho da volta
quinta-feira, 22 de março de 2012
Sobre a mesa
Depois de cinco anos
Depende da palavra
terça-feira, 20 de março de 2012
Apesar do atraso
Baile noturno
domingo, 18 de março de 2012
Apegado
Sobre verso
Ontem vi versos dentro de uma gaiola. Tristes, sem penas, bicos quebradiços. Pareciam doentes. Fiquei com dó dos versinhos. Achei o cúmulo da ignorância, não merece ser lido o poeta que faz versos exclusivos. Quem tranca poesia merece a morte, ou um pouco mais de sofrimento.
-Sai dessa! Liberta esses versos daí! Verso quer sexo, precisa procriar, verso é bichinho em extinção. De raro em raro vejo um bando voando pro Sul de alguma prosa:
Pois já não encontram poemas para morar,
nem de amor, nem de guerra e nem de paz.
O verso está morrendo, mas eu não quero!
Viva o verso que explica a vida no universo:
- Gênesis, Pasteur, Panspermia!
- Caio Augusto Leite
sábado, 17 de março de 2012
Quando morre um coração
sexta-feira, 16 de março de 2012
Buscando orientação
Nem é triste
Morreu de quê?
Numa estação
quinta-feira, 15 de março de 2012
Atravessando o passado
Lua
quarta-feira, 14 de março de 2012
Vida em trânsito
Escalação
Outras rosas
Quaresmeiras
domingo, 11 de março de 2012
Ao dormir
Livre ao vento
sábado, 10 de março de 2012
Poeminha da fome
Plantem flores!
sexta-feira, 9 de março de 2012
O colchão
Na esquina de minha casa largaram um colchão
todo furado, espuma caindo, imundo de tudo.
Achei o lixo muito inusitado
e pensei:
Quantos sonhos nasceram naquele colchão?
Quanta noite mal dormida, quanto sexo,
quanto amor e quanta saudade.
Quanta febre,
quanto café de bom dia.
A vida inteira naquelas molas,
que se impregnaram da coisa íntima.
Quem joga fora um colchão,
das duas uma:
ou realizou os sonhos
ou eles viraram bruma.
Ah mas se aquele colchão falasse,
ninguém o teria largado assim
de forma impune, tão sem pudor
na minha esquina.
- Caio Augusto Leite