Cheguei em casa tão cansado,
o trânsito, o calor, o estresse moderno.
Nem esperança e nem felicidade.
Mas no chão um brinquedo sem porquê.
Pisei no patinho de borracha,
um barulho de clara infância.
Dei um sorriso de duas faces:
A lembrança da alegria dum lado
e a certeza decadente do outro.
O mundo não é mais como era antes,
que saudade de mim. Não é medo agora.
É o medo do agora. Como será o futuro?
Vivo de perguntas que não tenho respostas,
sei as respostas de perguntas que não existem.
O calor insiste: preciso tomar banho e comprar cigarros...
- Caio Augusto Leite
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