Sol quente: perigo iminente.
Sob o asfalto a luz maior:
sua, arde, cai a pressão.
O sol amarelo: grande inferno.
Na cidade cheia de cinza:
evapora água, seca grama, a sede.
O sol alienante:
A cabeça gira, roda, tomba:
mil imagens delirantes...
... sem razão, o sol me faz cair.
Desmaio na calçada...
... tomo soro e acordo.
Ainda dói o corpo,
a mente,
a ideia.
Mas saindo do hospital pobre,
a chuva vem pra redimir
toda a dor e toda burrice.
Chuva d'água reaviva as plantas,
chuva de letras mata o vazio...
... deixa chover, que faz bem.
"... chuva, chove, chuá..."
- Caio Augusto Leite
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