Meu castelo de desejos
ergui com a areia da construção.
Essa mesma que agora se ergue e tapa o sol.
Não sei usar palavras,
então desenho na calçada.
Minhas histórias de tijolo e cal.
Minha vida é aqui, junto do chão.
Aprendendo a pisar nas pedras.
Vou calejando o pé com a dor.
A vida me faz forte, me cobrindo de tijolos
como a construção que vai crescendo.
E um dia estaremos prontos:
O prédio sólido vai ficar
e eu em ondas vou partir.
- Caio Augusto Leite
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