Quatro direções,
nenhuma para seguir.
Oh rosa-dos-ventos,
você não perfuma
e nem me guia.
Norte, sul,
leste e oeste.
Nada que preste.
Que rosa insonsa,
insolente e desprezível.
Odeio essa rosa inútil,
que nome indevido para ela.
Rosa-dos-ventos:
seu nome deveria ser cacto-ilusão.
Rara planta no deserto, a sua mão parada
indica uma falsa direção.
Não tenho direção!
Oh rosa-cacto-dos-ventos,
seus espinhos me machucam.
E eu sem ter pra onde ir,
sento na beira do caminho.
Sinto o vento e vejo voar uma pétala de rosa...
... a direção certa é aquela que o vento sopra.
- Caio Augusto Leite
Você escreve perfeitamente bem, parabéns.
ResponderExcluirBeijo doce.