domingo, 6 de junho de 2010

Maysa 74



À Maysa

Que olhos, que voz, que vazio
Que dor, que saudade.
Da tua ausência, da tua vida
que lúgubre partida.
Volta nessa tarde triste
e me impera com seus orbes
de cristal em riste.
Falta fôlego, falta ar.
Falta palavras, adjetivos,
verbos, substantivos,
pra te coroar.
Que vazio, que dor.
Fostes tão rápido
nem me esperastes,
na minha casa o canto.
O cantar do seu amor.
Como cantou. Como amou.
Como viveu, linda, passional.
Sublime, triste e só.
Só numa multidão de amores,
numa multidão de carnaval.
Meu Deus! Por que levastes?
A pérola carioca da gema,
que envolve com voz cálida,
nos meus braços uma algema.
Sinto tanto, cheguei atrasado,
tarde demais, ao nascer,
o corpo foi levado.
Mas o canto, e o olhos de Maysa.
Me acompanharão sempre,
ela, eu e a brisa.

06/06/36 - Meu amor por você é imenso demais!

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