sábado, 24 de março de 2012

Chá de sumiço

Você que nunca mais abriu a janela.

Passo e lá está você,
laço no cabelo louro,
olhos quase tristes.

Espia o mundo,
espera alguém?
Não sei, não sei.

Todo dia, toda hora,
só há você na janela.
Quadro íntimo e vivo
que aprecio no caminho.

Mas um dia a janela cerrada
me deu um profundo mal-estar.
Onde estão seus olhos curiosos
e seu embaraço tímido?

Saudade de você, de você que nunca mais abriu a janela...

- Caio Augusto Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário