Plenas nuvens, pisar em nuvens,
pescar o sol, plantar a luz.
A paz nas coisas mais banais.
A solidão de se entender,
o encontro de se completar.
O amor depois da dor.
A devastação, o refazer.
Tormentas que já passaram.
A ela, a primeira flor da primavera.
A neve derrete, que belo verão.
A alma fofa e cheia de branco.
Renascer e reconstituir a vida.
Depois da luz daquele sol,
o abraço de nenhum Deus.
A crença, a descrença, sobrevivência.
A vida é aqui, grande templo.
Talvez não sobre tempo,
mas queria dizer.
Dizer, só por dizer. A voz.
Matar os duplos sentidos. A coisa em si.
Nascer, evoluir, morrer. A vida é assim.
Sem dogmas, sem maçãs,
sem tábuas, sem véus.
Livre folha ao vento
- matéria vento.
- Caio Augusto Leite
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