quinta-feira, 15 de março de 2012

Atravessando o passado

Canto o amor em nobre forma.
Como a rosa mais formosa,
que no galho da roseira
traz poema, mata prosa.

Teus olhos de caramelo
refletem o meu sorriso,
que renasce belo e jovem
quando os vejo no caminho.

Faltam flores pra lhe dar,
só espinhos no meu peito.
Que ilusão é esse amor,
só me traz o sofrimento.

Canto o amor em nobre forma,
mas não ganharei resposta.
Do que adianta esses versos
se o meu carinho ignoras?

Onde está meu bem antigo?
Em que vales, em que céus?
Mas será que vive em paz
ou está pleno em perigo?

Que me importa esse amor falido,
que me prendia em estética passada
e não deixava derramar o meu lirismo.

Não sei de rima, não sei de métrica.
Não sei mais daquele amor.
Ainda bem que partiu.

Agora meu verso é mais brando,
meu coração mais feliz.
Meus poemas mais alegres,
e meus olhos...

Ah meus olhos estão a cantar um samba.
Minha tarde está azul, mas a felicidade não me engana.


- Caio Augusto Leite

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