Aqui entre nós jaz qualquer sentimento.
Me torno qualquer coisa vazia
que não pertence a nada.
Só existe pois a carne pulsa,
mas o resto é vidro.
Sem face, sem começo e nem fim.
Os braços cansam de segurar a vida
que pesa e cai.
Os olhos teimam em continuarem inativos
para não haver lágrimas de vazio.
Aqui encontra-se meu corpo entre o seu.
E teu corpo me torna real enquanto juntos.
Tocados na experiência pós-carne.
Eu me encaro, eu me perco e não te possuo.
Logo meu corpo escurece e some.
E a notícia me consome até o fim.
Em breve serei apenas um artigo do jornal de ontem.
E você a sensação fresca, renovadora de ansiedade
do folhetim que saiu nesse instante.
11/03/2011 - Caio A. Leite
"E você a sensação
ResponderExcluirfresca, renovadora
de ansiedade do folhetim
que saiu nesse instante."
final arrebatador :)
Oi, eu amei suas poesias, e essa ficou maravilhosa. Parabéns (:
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