domingo, 13 de março de 2011

O bolero

É o bolero final.
Oh quantos corpos
bailam, giram como
astros em torno do
sol.

É a passada íntima,
que finda a dança
enfim.
Que une, enlaça
nessa última nota.

É o soprar arfante
que encerra o show.
No trombone do centro,
a morte do som.
Sua mão toca-me.

É o bolero final,
bailemos sem parar.
Borrões de cor afinal.
Planeta mítico rodando
infinito.

No salão meia-luz,
corpos sumindo no
espaço.
Há tempos acabara
o musical.
E nós ali a dançar
o bolero final.

Caio A. Leite 12/3/2011

Um comentário: