terça-feira, 25 de maio de 2010

E na África...

Copa do Mundo

É tanto amor e ufanismo.
Nada mais que olhos turvos,
pelo tolo fanatismo.

É verde e amarelo, as cores desse vício.
E daí que a taça venha?
Amanhã tenho serviço.

Gastam dinheiro, tempo.
Se enraivecem, gritam.
Como aturar tanta ignorância?

Em tempos de Copa tudo é alegria,
não há fome, violência e nem corrupção.
Vibram tolos e os poetas se envergam
em meio a tanta ilusão.

Não desconsidero o esporte
e nem sua tradição,
mas sim o capitalismo frio
para enganar todo o Brasil.

Voltemo-nos a nossa arte, tão bela e esquecida.
nossas melodias, as telas de Tarsila.

Vendem tudo em amarelo e verde
pra mostrar para a vizinha, nossa
grande simpatia.

Partamos essa coleira,
eu quero tanto os tangos
quanto Dalva de Oliveira.

- Caio Augusto Leite

2 comentários:

  1. eco
    os
    poetas se envergam
    em meio a tanta
    ilusão.

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  2. Muito Bom Caio.
    Essa apoteose que existe por esse esporte é de fato insuportável, realmente.

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