quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Música: Serenata do Adeus


"A lua aqui no céu surgiu. Não foi a mesma que te viu." Parecia o poetinha estar inspiradíssimo - talvez com o luar, talvez com uma paixão - ao começar com esses versos "Serenata do Adeus". Já nas primeiras notas é possível entender que a letra discorrida pela veia poética de Vinícius traria - sem nenhuma surpresa - mais uma bela, emocionada e saudosista canção.
Há um pesar imenso de separação, uma dor de amor que terminou. Nem mesmo a Lua, e sua divina inspiração eram a mesma para os dois, tudo os distanciava agora. Só restava o temido adeus. Clama o eu-lírico por uma vontade de ficar. Mas tendo, a contragosto, que partir. E ir morrendo pelas feridas que esse amor lhe trás. Ao fim implora que essa mulher o mate de uma vez, para que não sofra mais, que se esvaia toda dor e desilusão. Compara-se a estrela pura que morreu na triste tarde, assim como ele que morre pelo adeus. Pelo eterno adeus imortalizado na serenata final da separação. Sem mais chorar, sofrer. Apenas tentar seguir em frente. E nada mais.


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