sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Atualmente

Me parece que o mal gosto atual advém, não só da péssima qualidade de produção. Da falta de matéria de poesia, de exigência. Mas sobretudo da capacidade instantânea de se emocionar. O ser humano nem sabe mais controlar suas próprias emoções, qualquer frase melosa já aflora uma sensação emotiva incontrolável. Mas pra mim não, eu que não me contento com o baixo nível de intenção, só chego as vias de fato, de chorar, de sorrir, quando alcanço o extremo que a emoção suporta. Poucas coisas são dignas de sentimentos eternos como amor, alegria e esperança. E eu mais do que renegando vender minha alma, renego também ser tão barato. Me desculpem os de senso crítico vazio, mas eu só me entrego a coisas verdadeiras e eternas. Para as outras, deixo que a efemeridade de suas durações respondam por si só a sua pequenez perante aos grandes e eternos artistas, fazedores de arte e não vendedores da mesma.

Caio Leite - 01/01/2011

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