sábado, 21 de janeiro de 2012

Nunca perene

Coração, coração,
sei que me engano.
Sei que as rosas morrem
antes do fim do ano.

Rosas, rosas,
perfumem esse novo amor.
Coloquem vida onde paira morte,
antes que tudo perca a cor.

Estrelas, estrelas,
eu não as ouço, só o tic-tac.
O tempo passando mata a paixão
ja não sou como Bilac.

Outono, outono,
passe logo, longa sazão.
Parece até que sou obrigado
a rimar aqui o meu verão.

Meu bem, meu bem,
como te queria eterno.
Mas aproveito o beijo agora,
pois logo será inverno.

- Caio Augusto Leite

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