sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O poeta que não viu o mar

Nunca que vi o mar,
nunca que o mar me viu.
Nunca que desaguei no mar
nunca que o amor senti.

Já confundo as coisas,
eu que não sei do mar.
As letras tão já aparecem
e logo não sei amar.

Eu nunca morri nas águas,
mas seria doce afundar.
Doce morrer de amor
nas águas fundas do mar.

Eu que nunca vi mar
só sonho com peixes e ondas.
Eu que nunca senti amor,
só penso em beijos e bocas.

Seria doce morrer no mar.
Seria doce morrer de amar.


- Caio Augusto Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário