domingo, 18 de setembro de 2011

À ti a aridez

Em desertos sentimentais te aprisiono.
Te amaldiçoo com a sede da alma aflita.
Não me persiga, não voltarei.
Não diga nada, não ouvirei.

Da minha boca a seiva doce
não beberás.
E dos meus olhos as íris ébrias
não mais verás.

É assim mesmo meu (ex)amor,
tudo passa, os navios queimam.
Tudo vai em ondas, em sondas
em ônibus espaciais.

Te deixo no mais profundo deserto.
Não aquele de dunas, nem o de calotas,
mas o mais inóspito dos lugares:
cumprirá a penitência em amarga solidão.

- Caio Augusto Leite

Um comentário:

  1. Adorei a poesia, você escreve muito bem *-*
    Adoro seu tumblr também, está no meu recomendo *-*
    Parabéeens por tudo, siga assim escrevendo com todo sentimento. Beijos

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