A aurora nascendo clara e quente,
ainda havia preguiça de se amar
e tudo era feito na base da rotina:
o café, as torradas, o jornal de sempre.
A manhã firme dava vontade de tocar,
as mãos, qualquer abraço.
Toques ainda tímidos, a tarde veio
e agora a chuva caía no telhado
Um véu de gotas translúcidas,
a luz do sol em ângulo perfeito,
a coloração do espectro no ar
e o beijo veio no clímax do dia.
O ocaso, ocasião perfeita para o amor,
a lua clara se despindo do paetê de estrelas.
As bocas tocam partes outras,
as mãos mais atrevidas.
Alta madrugada, o corpo treme.
A cama treme, a casa treme.
Consumação e o corpo pede descanso,
o sono vem, a aurora vem, o jornal de sempre.
- Caio Augusto Leite
você é lindo
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