segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Consolação

Não cubra de névoa teus belos olhos
e não saia daqui pra chorar de novo.
Não cala a tuz voz com soluços,
não trema teu corpo por motivo injusto.

Se amou, ama mais uma vez.
Se sofreu, você não foi a única.
Recolhe o teu leito e não espere mais,
não fique triste se Jatir não veio.

Não fica assim, teu beijo é meu.
Não fica assim, meu anseio é teu.
Mas não dê a felicidade que é tua
para vestir uma alma que vive nua.

- Beija, abraça, corrompe.
Mas saiba que o sorriso do amado
não poderá nascer, se para isso,
o teu tiver que padecer.

- Caio Augusto Leite

2 comentários:

  1. A matéria de si mesma no eterno horizonte daqueles que sabem que a vida é heraclitiana e que não está para um poço, mas para as pedras de um riacho que jamais cria limo, que jamais é estagnação, que sempre é movimento, ainda que martirizada pela perda das infinitas discussões do coração. O destino tem um destinatário e um remetente: nós mesmos. Bela poesia. Abraços.

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  2. Me interesso pela sua poesia, Caio.
    Além do mais, lhe sigo.

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