domingo, 13 de novembro de 2011

Poesia de flor, mas não seria de amor?

E do toque urgente e mesmo assim calmo,
um punhado de sementes caiu no meu poema.
Da saliva doce e ácida, brotaram flores tão formosas.

Em meus versos um jardim surgiu, lindo e forte.
E o néctar atraiu abelhas, borboletas
e do coração e das estrofes se desfez a dor.

Quem sabe o quanto viverão as flores?
Eu que não quero saber, deixo o tempo responder.
Falei tanto de flor, mas sabes que são apenas metáforas.

Toda fauna e toda flora que invoco aqui,
são só pretextos para o que quero lhe falar.
Tudo em minha lírica só quer saber do teu amar.

E disse-me um velho amigo, de terra distante,
de língua irmã e nome de gerúndio.
- É assim mesmo, caro poeta, a poesia só sabe disfarçar.

- Caio Augusto Leite

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