Primeiro andar, quase meio-dia.
Toques, carinhos, ansiedade.
Coração turbulento, afetos.
Sábado, o sol na janela.
Os olhos fechando-se
as bocas abrindo-se.
Tão perto, mais perto.
As palavras morreram
na boca um do outro.
A frase inacabada,
as mãos desajeitadas
e o tempo ruindo.
A concha se abrindo
em ondas, em gotas
de saliva quente.
O tempo volta a correr
mas algo mudara sem querer
de forma imperceptível.
Por fora ainda era o mesmo,
por dentro a grande revolução.
As bocas unificaram-se num só Estado.
- Caio Augusto Leite
Magnifico. Parabéns!!!!
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