terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Lirismo desmedido

O poeta não dá certo depois da meia-noite.
O poema se perde no meu sono.
O meu lirismo dorme.
A rima cansa.

Não vou escrever de madrugada,
não vou escrever mais nada.
Escrever dá trabalho, cansei.
Ler dá trabalho, vou cansar você.

Esse poema também não deu certo.
E olha que nem estou com sono.
Acho que o problema sou eu e não a hora.
Ando desleixado, ando sem vontade.

É tudo culpa dessas paixões
que me consomem, que me iludem.
Não quero mais saber desses versos presos,
eu quero é transbordar num lirismo desmedido.

- Caio Augusto Leite

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