Meu coração se veste de luto
de negro mar, breu absoluto.
Meu coração renega o amor,
renega a vida, aceita a dor.
Minha paz se esfarela,
meus olhos queimam.
Minha voz treme,
meu peito quebra.
E se pra amar é preciso tanto mar,
eu não quero mais remar.
Que singre meu veleiro
por onde quiser, por onde der.
Nem abismos, nem rochedos.
Nada temo, que vá a vida.
Entrego, desapego e descubro
que o amor é despedida.
- Caio Augusto Leite
Nenhum comentário:
Postar um comentário