domingo, 4 de dezembro de 2011

Talvez amor

Enfim a solidão me deixa.
Como roupa de festa - felicidade.
Como brilho de estrela cadente.
O amor batendo na porta.

Sussurros, frases ao meio, toques.
O coração ultrapassa o limite de velocidade.
A sensação é de morte, mas é vida que se faz.
O vento sopra lá fora, o suor gruda.

Os corpos grudam, o amor é quente.
A ladeira é grande, os carros passam.
As mãos se enlaçam, o dia rompe.
A vida grita, e tudo é verde.

Verde como a densa mata.
Como o profundo abismo dos meus olhos.
Ou mesmo azul como o mar do Rio de Janeiro.
Como as íris dos teus olhos, em que me afogo
e me faço poeta e feliz demais.

- Pegue essa folha, leia meu poema.
Leia minha alma, leia minha senda.
Se nada lhe interessar rasga a folha,
rasga a alma e me deixa navegar.

- Caio Augusto Leite

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