quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Desrazão


O nosso amor, tão nosso.
Tão de ninguém. Quando existirá?
Nosso amor vive do quando.

Tempo-quando, espaço-quando,tudo-quando?

E nesse não-lugar,
nessa hora nula,
nesse vazio cheíssimo
eu te preciso tanto.

O sol, o mar, as pedras
- coisas que vivem perto de você,
mas vivem sem precisar.
Sorte delas que nunca sofrerão
a tua ausência que só existe
pra me deixar feito Sorôco,
cantando, cantando, cantando...

- Caio Augusto Leite

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