terça-feira, 17 de abril de 2012

Gal

Quis o tempo te trazer até aqui,
quantas ficaram no caminho,
quantas se perderam no caminho,
quantas não têm mais caminho?

Mas você chegou, cegou meus olhos
com tanta luz.
Com tanto sol dentro de ti,
dentro da voz - da voz que é tua
ou é a voz que te tem?

Eu sei teu nome, teus sonhos,
teus amigos - Roberto me contou.
Eterno bebê - baby.
Eterna profana. Eterno cantar.

Índia das manhãs,
de todas as manhãs.
Sei lá, o poeta contou
de outra - olhos e boca...

Mas você é boca e cabelo.
Boca gato de alice,
boca de coringa,
enigmática, quase errática.

Teus cabelos ao vento,
no beijo do tempo.
Hoje é tempo de viver,
todo dia é.

Sai desse recanto,
mostra teu canto.
Que o mundo fica maravilhoso.
Divino, maravilhoso.

- Caio Augusto Leite

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