quarta-feira, 18 de abril de 2012

Maré de estrelas

Imenso muro de azul,
onde o azul inferior
se aglutina no azul superior.

Onde a linha divisória
se perde no inifinito
desdobrar-se do espaço.

Eu e meu barquinho,
meus remos
e nada mais...

Logo chega a noite,
que aflora no espelho d´água
mil estrelas salpicadas.

Olho pra cima
e me vejo refletido
em superfície lisa.

Já não sei onde estou,
se é céu, se é mar,
se é alucinação.

Já não sei o que é céu,
o que é mar, o que sou Eu,
o que é ilusão.

Remo nas ondas,
ondas de estrelas,
marés galáticas.

E sigo rumo à linha ao longe
que num espanto ótico
unirá o ser que Sim com o ser que Não.

O ser que sou,
com o ser que fui.
Realidade e ilusão.

- Caio Augusto Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário