Me consome, me sorve, me some.
Me vira, me inspira, transpira.
Transpassa o sexo vivo no meu
e faz a noite virar éter.
Rodopios cegos de paixão,
sangue pulsante, as mãos trêmulas
o olhar sincero e dúbio
oh indeciso coração!
Nada falta, que falta fez
o beijo que se espalha pela boca
feito onda em maré cheia
e que saliva quente no horizonte dos meus lábios.
Vem e vai, vem e vai, maré amorosa.
E paira no recanto do meu corpo o silêncio
como a noite que chegou depois da tempestade.
Só eu e você - úmidos, impuros, despidos de castidade.
- Caio Augusto Leite
Queria todos os cruzamentos...
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