quarta-feira, 4 de abril de 2012

Desprendimento

O que era meu logo se torna Todo.
Nada ficará resguardado no egoísmo humano.
Tudo é interação, tudo se compartilha.

Meu, possessivo que não há.

Os livros, os beijos, as pratas.
Nada é nosso, tudo emprestado.
Faça bom uso, melhore as coisas.
As coisas que não se prendem a nada...

Antes da morte devolva as maravilhas.
Que da vida, da breve vida
não se leva nada, apenas deixa-se:

- Deixo discos, carinhos, versinhos.
Deixo um bilhete de despedida.

- Caio Augusto Leite

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