segunda-feira, 2 de abril de 2012

Não-militar

Queriam que eu fosse soldado,
mas é que em mim não rugem armas.
Queriam-me fazer escravo
mas em mim não canta a chibata.

Sim! Essa obrigação de mundo
me dói, me cansa, me desfolha.
Não! Eu não vou querer medalhas
e nem os louros da vitória.

Invés de brasões, quero rosas.
E no lugar da farda, toga.
Nas minhas mãos anéis e fitas.

Ah! mas se as bombas me explodirem
eu viro história, viro festa.
Pois não sou reco, sou poeta.

- Caio Augusto Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário