Queriam que eu fosse soldado,
mas é que em mim não rugem armas.
Queriam-me fazer escravo
mas em mim não canta a chibata.
Sim! Essa obrigação de mundo
me dói, me cansa, me desfolha.
Não! Eu não vou querer medalhas
e nem os louros da vitória.
Invés de brasões, quero rosas.
E no lugar da farda, toga.
Nas minhas mãos anéis e fitas.
Ah! mas se as bombas me explodirem
eu viro história, viro festa.
Pois não sou reco, sou poeta.
- Caio Augusto Leite
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