domingo, 11 de novembro de 2012

Agora chovo


Agora eu quero amar
como não amei outrora.
Quero rimar novos braços
nos meus, sem demora.

O amor não acaba,
vira nuvem.
E chove longe daqui.

Ai de mim, que sou só tempestade
em copo d'água.

A vida é um exagero
e o amor, sem exceções,
será sempre desespero.

Lembrará de mim,
daqui uns cem anos?

Lembrará de nós?

Triste destino dos que amam
mas chovem.

Caem
feito
gotas
nesse
chão
escorrem
e ficam

sós.

- Caio Augusto Leite

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