Agora eu quero amar
como não amei outrora.
Quero rimar novos braços
nos meus, sem demora.
O amor não acaba,
vira nuvem.
E chove longe daqui.
Ai de mim, que sou só tempestade
em copo d'água.
A vida é um exagero
e o amor, sem exceções,
será sempre desespero.
Lembrará de mim,
daqui uns cem anos?
Lembrará de nós?
Triste destino dos que amam
mas chovem.
Caem
feito
gotas
nesse
chão
escorrem
e ficam
sós.
- Caio Augusto Leite
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