domingo, 11 de novembro de 2012

Pedindo perdão


O que vem ali é o indefinido.
Homem? Mulher? Espírito?
É um não-ver noturno,
uma sombra difusa
que se esparrama pela rua.

E mesmo perto não vejo.
E mesmo ouvindo não ouço.
Para mim tudo é nulo,
tudo é fugido, tudo é osso.

Talvez o mundo seja bom
pra quem é bom e vive bem.
Um reflexo do que sentimos,
do que queremos, do que plantamos.

E se colho tempestades
foi por muitos ventos.
E se o mundo é triste,
a culpa minha.

Não cacei respostas.

E o que falo agora, é com esperança
de remissão, de entender
o que sempre soube.

De fazer um pedido,
um só pedido:
perdão.

- Caio Augusto Leite

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