domingo, 11 de novembro de 2012

Estava calor


E o cão se espalhava pelo asfalto,
roubando as últimas refrescâncias do solo.

O céu fazia azuis
e o sol trocava as cores
num harmonioso alvorecer.

O coração podia parar agora.
Para essa potência,
nada era contra potência.

E tudo podia ser.

Se houvesse mar,
banharia-me.
Se houvesse silêncio,
cantaria.

E nem sofreria a solidão,
não precisava do teu abraço
- QUENTE -
pois estavam as coisas no lugar.

Estava calor e o cão...

- Caio Augusto Leite

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