domingo, 11 de novembro de 2012

Ter não tendo


Meu poema é floema
ou qualquer coisa que rime,
não tema,
não tem trema.

Nem trema,
nem fuja do laço,
do grande abraço
que te ofereço.

Se te escrevo uma carta,
são só notícias que passam.

Se te escrevo esse poema
é pra durar.
É pra ler quando tudo
o que for novo envelhecer.

Pra quando ficar com vontade de mim.

Essa que é a forma mais fácil do impossível de me ter,
que não me tem, mas tem.

- Caio Augusto Leite

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