E não é porque te amo
que os outros viraram pó.
Apenas foram sufocados
pela sua presença.
Mas debaixo dos teus afetos,
beijos e promessas
eles habitam
feito matéria decomposta
há milhões de anos.
E basta você sair de cima,
largar de mão,
fazer saudades
que tudo o que dormia
jorrará petróleo.
Negro amor,
marcado,
sangrado,
feito para queimar
e ser queimado.
Reunidos em mim
de mãos dadas.
Fazendo ciranda,
em minh'alma.
Um vem, outro vai.
E no fim me fica
o vácuo de ser nada.
- Caio Augusto Leite
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