segunda-feira, 9 de julho de 2012

11


Quase onze,
partirá a noite
num relógio longe
a dor do bronze.

Sempre o bronze...

Quem dera a prata,
nem sonho ouro.
Mas de você
só ganho lata.

O esquecimento,
as desculpas,
as juras de amor:
caio em todas.

A cortina balança
mas é só o vento
anunciando o silêncio
que agora virá...

... agora que a noite parte
em bronze,
num relógio longe
já passam das onze.

- Caio Augusto Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário