Quase onze,
partirá a noite
num relógio longe
a dor do bronze.
Sempre o bronze...
Quem dera a prata,
nem sonho ouro.
Mas de você
só ganho lata.
O esquecimento,
as desculpas,
as juras de amor:
caio em todas.
A cortina balança
mas é só o vento
anunciando o silêncio
que agora virá...
... agora que a noite parte
em bronze,
num relógio longe
já passam das onze.
- Caio Augusto Leite
Nenhum comentário:
Postar um comentário