quarta-feira, 4 de julho de 2012

AMAR


Será o tempo certo de amar
ou as carnes metálicas
não deixarão meu peito bater
os sentimentos que querem se encontrar?

Vírgulas, espaços, interrogações.
Há tanta distância entre a gente.
Que já não sei como te ter perto,
comigo é tudo de repente.

É tudo instante e fulminação,
quebra de protocolo,
tiro de pistola,
voo super-sônico.

E se passar?
Não queria.
Queria o tal presente eterno
que habita a poesia.

Ai, te prendo no poema.
Te rimo, te ilustro.
Te congelo em imagem
e nunca te publico.

Você que é meu instante mais querido.
Meu agora que precisa durar.
Meu ontem, minha história
que preciso viver para contar.

 - Caio Augusto Leite

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