Meu amor, rosa pura.
Infinto rubor na face
em pétalas jovens.
As tuas tãos maduras.
Perfumes,
aroma das deidades.
Rompidos pelo vão
das indistintas mocidades.
Se vermelha a minha flor,
a tua já vacila, desbotada.
A minha anda forte
a tua caducada.
Mas vivas estão as rosas.
Que me vale saber
se são do verão anterior?
Não é passada sua hora.
Então calem-se violetas,
roxas de inveja.
Juntos estaremos.
Mudas fiquem as vozes da floresta.
- Caio Augusto Leite
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