sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Amor rosa pura

Meu amor, rosa pura.
Infinto rubor na face
em pétalas jovens.
As tuas tãos maduras.

Perfumes,
aroma das deidades.
Rompidos pelo vão
das indistintas mocidades.

Se vermelha a minha flor,
a tua já vacila, desbotada.
A minha anda forte
a tua caducada.

Mas vivas estão as rosas.
Que me vale saber
se são do verão anterior?
Não é passada sua hora.

Então calem-se violetas,
roxas de inveja.
Juntos estaremos.
Mudas fiquem as vozes da floresta.

- Caio Augusto Leite

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