Na mais bela bandeja de prata,
as bananas apodrecidas.
Cheia de moscas, cheia de mofo.
O odor já era forte e contaminava o ar.
Na mais linda roupa, a ausência de amor.
Na boca mais vermelha, a carência de beijo.
No corpo mais esbelto, a falta de bondade.
O perfume disfarçava a decomposição avançada.
Era assim, no belo o feio.
E no feio a certeza.
De que nem tudo que se vê,
é o que se deseja.
- Caio Augusto Leite
Nenhum comentário:
Postar um comentário