Na ponta do meu dedo indicador
pousou uma borboleta.
Ficou um pouco e foi-se embora
para a flor que a alimenta.
Em meu ouvido pousou uma mosca varejeira.
No oco quente botou ovos
e antes que pudesse espantá-la
voou para onde só Deus queira.
Depois de um tempo a ferida,
não sabia, não queria imaginar.
Não tratava, só deixava ir criando,
um dia prontas irão voar.
Um dia as moscas nasceram e voaram.
Aquela borboleta nunca mais vi,
fui só um pouso sem propósito.
Por isso agora prefiro as moscas,
que pousam e dão frutos.
Achei na vida alguma utilidade.
- Caio Augusto Leite
lindo, lindo! ♥
ResponderExcluirfantástico *-*
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