Talvez eu seja um poço,
ou quem sabe raso.
Talvez eu seja o nascer do sol,
ou quem sabe seu ocaso.
Quem me vê, não me vê.
Pois essa imagem de carne,
envolvida de pele e pelos,
é só um arremedo do meu ser.
Talvez eu seja cor,
talvez eu seja luz.
Só sei o que não sou,
não sou seu, ou sou?
Não tomo partido, sou meio partido.
Não levo estandarte, nem gosto de mar.
Mas às vezes me banho no sal e mudo.
Meu caminho é ser avesso ao rótulo que me rotular.
- Caio Augusto Leite
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