Estava irritado, estressado,
mal-humorado como nunca.
Cansado do trabalho, da mulher,dos filhos.
Passou tão apressado,
que nem viu as flores.
As flores rubras do jardim.
Despiu-se, ligou o chuveiro.
Entrou e pisou no sabonete.
Escorregou, bateu a cabeça.
Na água suja, a doce lira.
Boiavam rosas vermelho-sangue.
Desestressou, descansou, morreu.
A brisa agitou as rosas no canteiro.
Logo chegaria alguém, levaria essa paz
com um grito cortante vindo do banheiro.
É preciso parar,
parar pra ver,
parar pra ver as flores.
- Caio Augusto Leite
Você nem imagina como escreve bem! Você é incrível, lindo, adoro tudo que está aqui
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