domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pela alma da casa dela

Olhos, janelas da alma.
Janelas, alma das casas.
Quando olho pela janela,
estou pondo uma alma em outra.

Reúno o particular,
com o todo infido.
Horizonte grande
e eu pequeno.

Tomo consciência de mim
quando abro minhas janelas
e deixo o ar entrar.
Meu puro entendimento.

Tomam consciência de mim
quando boto o nariz pra fora
e deixo meu cabelo voar.
Raro acontecimento.

Vem meu bem, vem olhar a rua.
Sua casa na frente da minha.
Seu olhar na minha direção,
minha alma dentro da sua.

- Caio Augusto Leite

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