Do mais alto penhasco,
a mais alta árvore,
o mais alto fruto
quase maduro.
Um dia os ventos do norte,
ventos fortes, derrubaram o fruto.
O fruto sagrado do amor
foi caindo e caindo.
A cada instante mais velocidade,
mais força, mais atrito com o ar.
Caía e se desfazia em luz.
O fruto virou estrela cadente,
amor em estado bruto, mínima partícula.
A fagulha do fruto baqueou a terra
e da terra seca e morta a luz brilhou.
E a vida obteve seu sentido mais primário.
Um novo caminho, uma nova sazão.
Era o fruto do futuro, o seu amor em mim.
Como se cada amar, fosse um novo dia da criação.
- Caio Augusto Leite
Nenhum comentário:
Postar um comentário