Talvez seja essa a derradeira primavera.
Acendam velas e façam festa.
Cantem, bebam, brilhem as estrelas.
Pode ser essa minha última aurora.
Mas que bastarda glória,
será que virá amanhã?
A dura pedra em lápide,
a terra fria, a dor em haste.
Pode ser minha última tarde.
Quem sabe o coração rebenta,
de amor não aguenta e sai de cena.
Quem sabe passo dos cem.
Que minha última noite seja como a primeira.
Um lindo domingo de outono. Todos felizes.
Que a morte é nascimento, ficarei bem.
- Caio Augusto Leite
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