Nessas palavras então me visto
e invento o que não vivo.
Vocês com sede me bebem
e me entendem e se encontram.
Nos versos que teço, custosamente,
minhas mãos encontram as suas.
E no abismo que antes separava-nos
uma ponte em fios de ouro se entrama.
Num abraço, num embaraço, num cordão
de carnaval nos refazemos.
A pura lágrima caindo em folha antiga
borda-me ao pano-poesia:eternidade.
- Caio Augusto Leite
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