terça-feira, 15 de maio de 2012

Sextina


Perto o dia, vem o sol.
No clarão se faz a vida,
cala-se de vez a morte.
Ganha tons o coração,
pelo fim da grande noite
que envolve esse céu de amor.

Mil flores, jardim do amor
no ápice desse sol.
Já não temo mais a noite
encontrei o mel da vida.
Quase para o coração,
mas de alegre, não de morte.

Amigos, levou a morte
pois não tiveram amor
no sagrado coração.
Não viram o mesmo sol
que me devolveu a vida,
para eles só a noite.

Mas haverá logo a noite,
pelos prantos, grande morte.
Que farei ainda em vida?
De certo, gozar o amor,
abraçar, beijar o sol.
Dar de tudo ao coração.

Uma pena coração,
que um dia tu vires noite,
apagando esse teu sol
e acendendo aqui a morte.
É triste ter tanto amor
e ele se findar na vida.

Podia haver no além vida,
um segundo coração.
Para sustentar o amor
quando me vier a noite.
Pra que não exista morte
sob a luz do grande sol.

- Caio Augusto Leite

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